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Por que se dar ao trabalho de viajar?

Tradução um trecho que interessante do guia faça-você-mesmo 1, do coletivo Crimethink, sobre viagens.

     Antes de pegar a estrada, você deveria ter ao menos uma vaga ideia do que quer tirar disso. Você só está fazendo isso porque todas as outras pessoas estão? Porque quer provar que consegue? Porque quer conhecer o país? Porque quer se divertir? Se livrar do vício do trabalho ou estudo? Mudar o mundo? Eu provavelmente comecei a viajar por todas essas razões ou mais. O principal que tirei disso foi que os EUA não parecem mais abstratos. Eu era legalmente uma cidadã dos Estados Unidos, “membro” de um país que basicamente só tinha visto do outro lado de uma janela de vidro ou em fotografias. Que estranho isso! Viajar me fez conhecer tipos pessoas que eu nem sabia que existiam antes: “o motorista de caminhão membro da milícia”, “a mãe solteira que ama pegar carona”, “o trabalhador da estrada que quer te deixar num ponto certo” etc. É divertido e bom pra mim, mas nesse ponto já viajei o suficiente e quero dar uma parada e fazer ativismo na minha cidade. Sinto um tipo de arrogância de não sentir orgulho de pensar nos “viajantes”. Muitas pessoas sentem que viajantes colam nas cidades, estragam os esquemas, reciclam nos melhores pontos, não deixam nada pra ninguém, ficam bêbados e vomitam no sofá, e depois seguem em frente sem deixar nada em troca. Esse estereótipo é um pouco cruel, mas tem algo a ver. Qual é a ideia mesmo?
     Bem, acho que tem um jeito de viajar que te dá a aventura e diversão que quer sem deixar de contribuir com as comunidades que você visita. Mendigos muitas vezes deixam alguma coisa sobrando no seu ponto de recicle pro próximo que passar. Não deveríamos tomar isso como modelo pro que queremos fazer nas comunidades que visitamos? Apoio mútuo é uma troca. Então aqui estão algumas ideias pra uma viagem responsável e completa. Algumas delas eu pensei, outras vi em ação:

     * Comece um infoshop itinerante num trailer. Conheço dois grupos de pessoas fazendo isso atualmente. Um rouba livros radicais de lojas de corporações e revende mais barato pra pagar o gás. O outro distribui livros por mídia autônoma.
     * Lave a louça. Lave a louça. Lave a louça.
     * Compartilhe habilidades suas formal ou informalmente. Um exemplo são os Pollenators de Oakland, CA. Eles organizaram uma turnê com um pessoal quase todo transgênero pra viajar ajudando vários coletivos a começar projetos e aprender como fazer as coisas. Eles construíram uma casa verde, ensinaram sobre permacultura, instalaram sistemas de água verde etc, e ainda se divertiram viajando. Mais informalmente, você pode simplesmente ter consciência do que tem a oferecer. E mostrar pras pessoas que você pode ensinar pra elas se elas quiserem.
     * Ajude. Mesmo que não tenha nada concreto pra ensinar pras pessoas, você pode sempre se juntar e ajudar. Você está na posição única de não ter horários, obrigações ou projetos em nenhuma cidade que passa. Você pode ser o par de mãos extra que termina a biblioteca de bike, cola os flyers, constrói as preteleiras, lava a louça, organiza a biblioteca de zines… já deu pra entender.

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One Response

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  1. http://www.mammographie-kongress.de says

    i like it 😉