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denise

Teto baixo. Paredes escuras.
O bafo quente do nosso suor nos envolve.
E talvez só quem sinta soe.
A garganta berra. A baqueta desce forte.
As palhetas, os dedos, rápidos, sem parar.
E talvez só berre quem sente.
Os corpos tremem, se sacodem.
Chutes e socos no ar.
E talvez sente só quem se debate.
Momento do ódio que se libera.
Da pressão de todo dia.
E talvez só quem se revolta sente.
No intervalo a voz cansada. Palavras sinceras.
Gestos expressam a emoção. Certeza de não estar só.
E talvez só sinta quem chore.
O medo cai. Só há coragem.
Estar junto na potência, na vontade de mudar.
E tavez seus olhos brilhem agora. Porque você sente o que eu sinto.

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