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Tour de zines

Depois de pegar carona, fazer blog de carona, zine de carona, imaginem minha felicidade de viajar Brasil à fora (dessa vez de carro, na companhia de 4 amigos e uma amiga) levando o Quem tem dedo vai à Antares pro seu primeiro rolê, como parte da primeira Tour de Zines brasileira. E não só isso, em cada cidade um evento, em cada evento apresentar o Quem tem dedo pra mais pessoas, conversar sobre experiências e porquês de caronas e até ensinar uns quitutes veganos pra levar na bagagem!!

Foi no mínimo inspirador!
De volta pra CASA os planos não param: e se na segunda tour eu levasse uma nova edição do Quem tem dedo com mais informações??? Por sinal, se você tiver alguma informação, texto, tradução, poesia, foto, ou desenho que possa ajudar nessa nova edição, ficarei feliz em recebê-la pelo e-mail dofundo@riseup.net 🙂

Bom, voltando à turnê, nosso encerramento foi exatamente no Ugra Zine Fest, evento de inauguração do Anuário de Fanzines, uma ideia genial da galera da Ugra Press que reuniu 158 fanzines de todo o Brasil. E lá está também o Quem tem dedo, lindamente resenhado pelo Leandro. E não só o Quem tem dedo, como também uma entrevista SOBRE o Quem tem dedo, que eu posto aqui pra vocês conferirem 😉

1) Um zine sobre caronas: por que fazê-lo?
A ideia de juntar informações sobre isso surgiu de uma história que ouvi indo de Santos pra São Paulo. O cara que deu carona pra gente era mochileiro, e contou de uma viagem que fez com um amigo judeu. Segundo ele, o cara parou numa vendinha e perguntou se o livro tava lá. O livro, afinal, era um monte de cadernos cheios de anotações de viajantes que passaram por ali, e que foram mto úteis pra ele e o amigo. Fiquei pensando nisso com relação à carona tbm. Muitas vezes não sabemos como saímos de uma determinada cidade pra pegar carona, se tem algum posto melhor ou não etc. É muito bom quando encontramos alguém que nos dá uma dica boa, que facilita a viagem. Pensei em expandir essa ajuda, juntar informações num blog, em que outras pessoas pudessem acrescentar também suas próprias dicas valiosas. Concretizei o blog, mas por falta de habilidade e paciência com computadores e internet o blog anda a passo de tartaruga,  e fica a dúvida se estou mesmo conseguindo divulgá-lo pra quem precisa. Aí sim surge a ideia do zine, um material escrito, um guia de bolso, pra levar nas viagens, mostrar pros amigos e amigas, junto a isso algumas palavras que eu mesma queria dizer sobre o assunto, relatos, traduções e letras de música pra dar a inspiração e o ânimo na estrada.

2) A capa do zine é serigrafada. Alguma razão especial para isso?
A capa serigrafada foi uma ecolha estética, junto à vontade de praticar uma coisa que acabávamos de aprender. Ganhamos uma mesa, chamamos um amigo pra dar uma oficina. Faço os desenhos a mão, passo com nanquim pra folha vegetal, fazemos a tela e queimamos em casa. Gostamos desse carinho e atenção com os materiais que fazemos.

3) Como está sendo a reação dos leitores?
A reação está sendo melhor do que eu esperava. Algumas pessoas comentaram, passaram adiante, se utilizaram das informações e responderam. Era esta troca mesmo que eu desejava e fico feliz em estar conseguindo. Inclusive, essa reação me animou a fazer o mesmo com outros temas e ações que me inspiram, juntar informações e mais adiante transformá-las em material escrito. Esta semana começou a turnê de zines que estamos fazendo, e foi muito bom também apresentar o Quem tem dedo vai à Antares, responder e fazer perguntas, e trocar histórias de viagem.

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