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taís

Já te perguntaram o que é amor?
Me perguntaram esses dias, no meio de uma conversa.
Eu lá sei o que é amor! Mania besta essa de ficar definindo as coisas.
Desconstruir hábitos sem criar novas definições
não parece mais interessante?
Que o amor não seja nada, pra que não tenha limites.
Aliás, desde quando o amor virou o sentimento por excelência?
A melhor coisa a se sentir?
Preso ou livre, a idéia de amor não anda fugindo muito disso.
E o que seria ele
além de uma palavra inventada e usada até desgastar?
Não acredito em tipos definíveis de sentimentos,
bons ou maus em essência.
Pra mim, parecem mais sensações
que fluem e atravessam, tudo por todos os lados.
Se pensar já indica o adoecimento dos olhos,
ficar classificando, dando nomes, tentando definir o que é o quê,
deixa o corpo todo apodrecer.
Deixa as palavras pra lá!
Pra que eu preciso saber o que é amor
quando me sinto leve sentada na praia, vendo o sol se pôr?
Preciso mesmo saber explicar o que é cada coisa
pra franzir a testa ao som de motores e buzinas,
fumaça entrando no nariz,
e o bafo quente do asfalto fritando a pele?
Por que eu ia querer dar nome pro que sinto
quando olho nos olhos de alguém e fico bem,
à vontade, simples assim?
Eu de nada quero saber.
Quero infinitas possibilidades. Tantas, que nada mais haja pra saber.
Também não quero tentar aprisionar momentos e sensações
em lembranças vazias de um passado que não existe.
Prefiro deixar que energias novas passem.
E agir. Criar bons usos. Promover bons encontros.
Criar juntos um mundo onde caibam muitos mundos.
Onde diferente não exista
porque já se extinguiu a noção ilusória do igual.
Onde nada seja. Tudo se movimente, se transforme.
Onde nada signifique, nada tenha sentido. E tudo possa contecer.

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denise

Teto baixo. Paredes escuras.
O bafo quente do nosso suor nos envolve.
E talvez só quem sinta soe.
A garganta berra. A baqueta desce forte.
As palhetas, os dedos, rápidos, sem parar.
E talvez só berre quem sente.
Os corpos tremem, se sacodem.
Chutes e socos no ar.
E talvez sente só quem se debate.
Momento do ódio que se libera.
Da pressão de todo dia.
E talvez só quem se revolta sente.
No intervalo a voz cansada. Palavras sinceras.
Gestos expressam a emoção. Certeza de não estar só.
E talvez só sinta quem chore.
O medo cai. Só há coragem.
Estar junto na potência, na vontade de mudar.
E tavez seus olhos brilhem agora. Porque você sente o que eu sinto.

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marisa

Sol forte. Estrada quente.
O polegar aponta. Em frente.
Sem volta. O caminho é só de ida.
Se refazendo a cada dia.
Sem hora pra chegar. Sem compromissos.
Não há espera, não há lembrança.
Só vida sendo vivida a todo instante.
Um não-lugar. Um não-tempo.
Sem vínculos. Sem correntes.
As afinidades que nos unam.
Fazer só o que quer. Se jogar sem pensar.
Quando foi que isso virou defeito?
Conforto, garantia, segurança. Palavras sem significado.
Conquistar a liberdade sem desistir de tudo?
Balela.
Sem mais pensar, ler, debater.
Vamos sair, experimentar, sentir.
E nos encontrar onde o vento faça curva, a chuva caia forte,
e a gente possa brincar de rolar nas folhas molhadas.

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cassandra

Num mundo de formas frias e mortas
A praga se expande
Não nos sentimos completos nesse mar de gente

Era falta de vida, afinal, e não de alegria
Aquela angústia, aquele vazio

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Pé na estrada

Quem sabe o que é melhor pra mim ?
Quem disse que eu perdi a direção?
Ei, garoto. Ei, garota. O que você quer ser quando crescer?
Sei lá.
A única coisa na minha agenda é negar o destino
que você escolheu pra mim.
É bom às vezes saber que posso ser uma criança.
Meus dias inflamados com paixão, com sonhos habitados por realidade.
Quando o tempo não escapava.
Rejeitando definições. Rejeitando minha foto na parede.
Recusando meu papel, meu número de identificação,
minha posição sentenciada.
“Você tem que resolver o que fazer da vida.
Você tem que CHEGAR a algum lugar!”
Sei lá. A única coisa na minha agenda é ser meu próprio mestre.
Ir quando eu quero, onde eu quero e porque eu quero.
Quantas vezes você teve vontade de sair fora
mas a falta de direção te manteve parado?
Deixa eu te dizer uma coisa, meu amigo,
não temos nada a perder a não ser nosso tédio.
Então vamos sair como iconoclastas na noite
quebrando os pedestais do destino.
E nos encontrar por acaso nesta terra sem mapas.
“Onde estamos indo?”
Sei lá. Um lugar que não tem definição.
Tudo o que eu sei é que parece com o meu dedo indicador. 

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Fogueiras

Pra essa recorri a um amigo:

     Como pedido, vou tentar explicar um pouco do que rola pra ajudar quem nunca fez uma fogueira na vida.
     Eu mesmo fiz poucas fogueiras e bem simples, de pouco fogo (e pouca comida). Mas o princípio é bem simples mesmo. Pras fogueiras maiores que se precisa pirar em "arquitetura" mais complicada, troncos maiores, etc. Mas se você não pretende queimar ninguém, é jogo rápido.
     Também se alguém souber dicas melhores ou ver que eu to falando groselhas, é só falar.

     Seguinte, o fogo precisa de três coisas pra existir: Combustível (a madeira), comburente (o oxigênio), e calor.
     Quanto a madeira o ideal é que ela esteja seca. Úmida demora muito mais pra pegar fogo e você vai defumar todos seus pertences e comida. Algumas espécies de plantas são melhores, mas digo isso mais pra tentarem prestar atenção nisso em suas fogueiras, porque não chega a ser necessário "escolher a madeira certa". Algumas vão até ter cheiro (geralmente agradável, às vezes até repelente de insetos, como o eucalipto citriodora).
     Quanto ao oxigênio, a questão principal é lidar com o vento – ou a ventilação. Muito vento apaga o fogo (tira o ar), mas fechar a fogueira mata o fogo (já fechou um fósforo aceso dentro de um copo de vidro?). Então a fogueira tem que estar um pouco abrigada do vento – quanto maior você pretende fazer a chama mais resistente ela será, quando bem acessa, ao vento. Mas o vento atrapalha mesmo na hora de acender a fogueira. Por isso, aqui que é importante pensar o formato da fogueira. Um truque comum pra qualquer tamanho é usar as madeiras maiores pra ir fazendo paredes (fechando um triângulo ou quadrado), colocando por baixo as maiores mesmo. Aí dentro do quadrado ou triângulo vão gravetos e galhos menores. Lá no meio, protegido dos ventos fortes, eu costumo colocar uma vela (não necessariamente inteira), e deixar ela fazer o trabalho dela. Claro que você tem que ter se preocupado em como você vai colocar a vela dentro enquanto monta a fogueira, mas isso não é pra ser difícil em fogueiras pequenas. E por falar em vela, a questão do calor. Ou seja, como acender a fogueira.
     Normalmente temos à mão os bons e velhos fósforos ou isqueiros. Mas é legal se sentir preparad# pra ocasiões mais rústicas. Existem alguns truques interessantes pra se fazer fogo em um pouco de madeira velha e seca, ou palha, ou líquens e fungos secos, etc. Bem esquema primitivista mesmo (ou neo-primitivista). Aqui é crucial escolher um bom material pra pegar fogo, tem que ser algo que precise de pouco calor.

     Mas pra essas dicas, eu vou deixar um link presse site, está em inglês mas as figuras já explicam bastante. Eles mostram como fazer fogo com latinhas de alumínio + chocolate, ou com sacos plásticos transparentes + água, ou mesmo do método primitivo, atritando madeira. Entre muitas outras idéias.
     http://wildwoodsurvival.com/survival/fire/index.html


     Bom, espero que seja suficiente para um bom jantar e um bom calor nas paradas distantes! Na dúvida, invente!

     P.S. Não esqueçam de apagar a fogueira antes de dormir! Tem muito incêndio que começa em balada de mané. Se você acha que vai ficar bêbad# e ninguém vai apagar o fogo, então na hora de preparar a fogueira é inteligente limpar a área (tirar o mato do lado), e se possível fazer um círculo de pedras ou tijolos, que vai isolar termicamente o solo ao lado da fogueira, diminuindo risco de combustões indesejadas. ok?

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Caronas

     02.01.09. Um amigo e eu. Santos. Destino: vários. Depois de um tempo pára um carro. Um maluco que curte viajar de mochilão. Dá várias dicas. No meio da conversa, ele comenta de um amigo judeu que viajou com ele. Parece que os judeus prestam serviço militar por uns anos e depois saem de rolê pelo mundo. Segundo o cara, eles entraram num armazém de secos e molhados no Perú e o amigo dele disse pro dono do lugar: "O ‘livro’ tá aí?" Resposta:"Tá. Só um minuto". O cara sai e volta com vários cadernos. Abrindo, é tudo dica da galera que passou por ali. Lugar pra ficar, coisas pra ver. De tudo. E os caras sabem onde estão os tais dos livros em cada lugar. Coisa de doido! E foi seguindo o tal do liro que eles conseguiram, inclusive, dormir num depósito de lã por lá. Noite mais quente que eles poderiam ter. Pirei com a idéia e resolvi iniciar a "Sociedade Secreta dos Caroneiros". Zueira. Mas aqui tá minha tentativa de ajudar a galera que tiver afim de dar rolê, com as paradas que rolaram comigo. 
     De tudo um pouco no quesito carona, vou relatando aqui o que vivi e acho interessante comentar. Colaborem aí também com dicas. E, bom, quem sabe quando eu começar nos rolês de bike e a pé não faço um desses também.
     Abraço e boas caronas a todos!

     Pra começar, uma dica desse cara mesmo que a gente seguiu e deu muito certo: levar um saco plástico, grandão e forte, e um rolo de silver tape. Faz umas aberturas só pra passar as alças (abre a alça, passa pelas aberturas e fecha por fora do saco). Passa silver tape nas aberturas, pra ficar firme e não entrar água (o resto do rolo de silver tape vai sendo usado quando – se – o saco for furando no caminho). Deixa o saco enroladinho nas costas mesmo (nos dias de sol ele até ajuda pro suor não passar pra mochila) e quando – se – chover, abre o saco e amarra. "Voalá". Mochilas protegidas dentro dos sacos de lixo!
     Pra quem não sabe, silver tape é uma fita adesiva cinza escuro, bem grossa, e resistente à agua. O cara disse também que pra não ocupar espaço na mochila, dava pra enrolar a silver tape num palito de dente. Eu não achei necessário, mas taí a dica. E outra coisa que pode ser uma boa é ensacar as coisas dentro da mala.

Plaquinhas:
     Ás vezes é útil andar com plaquinhas indicando pra onde cê vai: escreve o nome da cidade numa folha de papel, com canetão (bem grande e legível) e cola com durex num pedaço de papelão. E aí fica segurando a placa enqunato dá o sinal de carona pra quem passar. As plaquinhas são úteis principalmente quando o destino é meio perto, bem definido, porque assim a galera que não vai naquela direção já nem pára e vocês não têm que sair correndo com as mochilas, empolgados, à toa, manja?
     E no caso de um rolê de dias, rola de já levar um pedaço de papelão, um caderno, uns canetões e um rolo de durex na mochila pra ir fazendo plaquinhas pelo caminho.
 

Roupa:
     Eu curto separar uma roupa só pra carona, não importa quantos dias vão ser. É bom pra não ir sujando tudo as roupas na estrada, ou até pra não levar muitas roupas. Quando vou parar por uns dias, já dou uma lavada, pra recomeçar. É bom uma roupa bem confortável, nem muito arrumada nem muito maloca, nem muito fechada nem muito aberta. Tipo bermuda, camiseta e tênis. E melhor não usar branco também, porque no caminho a roupa vai encardindo.

Mochila:
     Melhor não deixar a mochila muito pesada pro caso de ter que andar na beira da estrada (até um posto ou algo do tipo), ou quando chega na cidade. Eu costumo levar canivete (n utilidades), lanterna pra se tiver que ficar na estrada à noite, linha e agulha grossa pra costurar a mochila, se precisar. Protetor solar pros dias de muito calor, capa de chuva ou uma blusa grossa com capuz pros dias de muita chuva. Repelente pros dias de insetos (não precisa comprar o repelente: massera folhas de citronela no álcool). Guia de rodovias do lugar pra não acabar perdido por aí (você vai precisar saber se o lugar que a pessoa vai é na direção que você quer ir, onde a pessoa pode te deixar…).
     Caso seja um rolê pra longe pode ser útil levar barraca e saco de dormir pro caso de ter que acampar na estrada mesmo. Além disso, o próprio saco de guardar o saco de dormir, sabe? Já serve de travesseiro (só colocar roupas dentro) e bolsa (depois que já deixou as mochilas em algum lugar). Eu gosto sempre de deixar um desodorante de spray à mão, pra defesa mesmo. Uma vez eu bati álcool com pimenta vermelha, coei e pus num potinho de anti-séptico, mas acho melhor o desodorante mesmo (talvez não seja apropriado ter um "spray de pimenta" na mochila).
     E pode ser muito bom levar algum instrumento musical, bolihas de malabares, ou qualquer coisa que ajude a relaxar nas horas de muita espera. No caso de intrumento musical melhor que seja algum pequeno, tipo gaita ou algo do tipo. Eu levei violão uma vez, e no maio do caminho já tava com vontade de tacar ele no mato… rs. O bom dos malabares, instrumento ou qualquer trampinho que dê pra ir fazendo no caminho é que além de distrair, ainda dá pra ir tirando uns trocados em algum farol, qunado tiver dentro de cidades. Nas cidades, ainda ainda dá pra passar em mercado e realizar o famoso Yomango. Ótimo pra economizar nos rolês… rs.
 

Comida:
     É bom ter sempre coisa pra mastigar no caminho, pra manter a energia e o bom humor. O bom é levar coisas leves, resistentes a batidas e calor; e energéticas, que te mantenham em pé com pouco. O que eu costumo levar é laranja, maçã, granola, goiabada, cenoura, pepino, pão (um pouquinho de cada pra não pesar e ter variedade). E uma garrafinha de água (em quase todo porto de gasolina tem torneira com água gelada). Pra rolês mais longos dá pra levar arroz, sal, alho, palito de fósforo e panela, pra cozinhar numa fogueirinha na beira da estrada (pedi ao kana pra fazer um textinho ensinando a fazer fogueira p dar uma ajudinha). Alho é ótimo pra levar. È leve, não ocupa espaço, serve de tempero (descasca e bota inteiro mesmo pra cozinhar com o arroz) e é bom de comer cru também. Ajuda a manter a saúde. Bom pra tudo!
     Bom também é saber fazer coisas práticas, que não precise de muito pra fazer, alimente, seja gostoso e dê pra ir fazendo no caminho (nas receitas vou colocar o bolinho de feijão azuki e o harebô, que são boas receitas de viagem).
 

Dinheiro:
     Tem gente que prefere espalhar o dinheiro que estiver levando pelo corpo e pela mochila pro caso de possíveis roubos. Mas de qualquer forma é bom lear uma graninha pra eventuais merdas que possam rolar. Trocado, pra facilitar.

Duplas:
     Pegar carona sozinho é mais fácil, principalmente pra mulher. Mas mais perigoso também. Você pode acabar sozinho no meio do nada, ou ficar muito tempo sem alguém pra conversar, enfim. Em duas minas é bem fácil e mais sussegado. Em casal, une facilidade e segurança, pra quem pega e pra quem dá carona. Em trio ou em dois caras também dá, só fica um pouco mais difícil às vezes. Mas sem dúvida, um cara e uma mina ainda tem se mostradoa a melhor combinação. E é bom as pessoas se entrosarem e manterem sempre a calma e o bom humor. Com um clima ruim, todas as situações pioram.

Estrada:
     Na teoria, o bom lugar pra pedir carona é um trecho da estrada com acostamento largo, longe de curvas e saídas e entradas de veículos, na subida (onde os veículos passam devagar), afastado de movimento de cidades, perto de algum posto policial rodoviário ou posto de gasolina daqueles grandes, que cola bastante caminhoneiro. Na prática, o acaso acho que conta muito. Mas é bom tentar dar uma ajudinha. O lance é facilitar a parada do motorista. E o bom do posto de gasolina é que dá pra conversar com quem pára e pode servir de abrigo, banheiro etc pros próprios caroneiros. A proximidade de grandes cidades dificulta bastante a carona pelo medo que os motoristas têm de serem assaltados nessas regiões. Ah, e comentaram bastante com a gente que na Bahia se você conversar com os policiais rodoviários eles param alguém pra você, mas nós não tentamos isso.
     Com sol é o ideal (apesar dos prejuízos à pele). De noite não é bom nem pra quem pega e nem pra quem dá carona, a não ser nos casos que anoiteça enquanto você está num veículo de carona. Na chuva também dificulta, mas com chuva fraca ainda rola (as chuvas finas podem demorar demais pra parar).

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Do fundo. (nômade – radical – contra todas as formas de dominação)

De qualquer forma não se trata apenas de opção. E isso podemos dizer dos dois lados. 

Do lado da vida normal o terror está por toda a parte: o trabalho – tortura de cada dia – é praticamente um luxo, privilégio de alguns. Estabilidade será uma palavra desconhecida para a próxima geração… E a solidão cheia de mágoas!… Fantasma de quem criou e amarrou uma porção de pessoas, certo de que os contratos familiares fossem lhe garantir a segurança futura. A violência! O terror! Já haviam avisado lá atrás, que esse seria um preço alto a se pagar por essa maneira de viver. E que bom que temos nossos remédios! O Governo (Estado legalmente constituído!) que se sustenta nesses nossos medos…. Esse mesmo medo que ele ajuda a criar… Ele que nos diz a todo o momento, que sem ele reinaria a desgraça (!?). O dinheiro, o mercado, o desenvolvimento, o colapso do meio ambiente, psicólogos, cientistas, especialistas!!!!!! Estão por toda a parte, máquinas de deixar tudo como está… 

E do lado esquerdo? 

Que belo papel tem cumprido esses…. Reproduzem toda a ordem que dizem contestar em cada milímetro de suas ações…. Afastam todos os dias com suas chatices aqueles mesmos a quem dizem falar (“A Classe Trabalhadora”). Estão ainda esperando a tão sonhada revolução enquanto vivem a vida de todo mundo. Enquanto o sofrimento se espalha em escala global. Vivendo a vida que produz e reproduz o capital, cada um com sua verdade, cada comitê com seu chefe super-herói. Utilizam-se da mesma tática que os governos mais tiranos, sempre alardeando o terror: se não seguirmos suas táticas e estratégias o monstro repressor vai engolir a todos.  

Para nós se trata de ir para o fundo, a proposta desse blog é exatamente essa: Quais são seus pontos de fuga? Como combater de forma radical (indo às raízes dos problemas) esse mundo? Colar a política na vida… esse é um imperativo da nossa atividade, sabemos que a todo momento estamos produzindo… discurso, afetos, maneiras de fazer a vida… É preciso saber o que se produz, e a que preço para você e para os outros. Nessa página registramos nossa busca por maneiras de viver fora dessa ordem (comida, roupas, teto, etc, etc…), e produzimos e divulgamos textos que nos ajudem a combater e a exorcizar de nossos corpos todas as formas de dominação. Esse é mais um ponto na rede daqueles que como nós estão em cada instante procurando realizar um mundo onde caibam muitos mundos, sempre caminhando e perguntando. 

 

"Não exijam da política que ela restabeleça os ‘direitos’ do indivíduo tal como a filosofia os definiu. O indivíduo é produto do poder. O que é preciso é ‘desindividualizar’ pela multiplicação e o deslocamento, o agenciamento de combinações diferentes. O grupo não deve ser o liame orgânico que une indivíduos hierarquizados, mas um constante gerador de ‘desindividualização’."

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Livro vermelho do Yomango

Nesta publicação estamos colocando à disposição de todos e todas, em copyleft, a tradução do Livro Vermelho do Yomango. O yomango é uma tática de descompra, de sabotagem divertida contra o capital e de uma vida mais tranquila, para aqueles que têm muita idéia na cabeça e pouco dinheiro no bolso.

Divirtam-se!

 

 Livro Vermelho – Yomango.pdf ( 542 kb ) –

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Belo Horizonte – MG

Água:

  • Palácio das ArtesAv Afonso Pena, 1537 – Centro – bebedouro no andar de baixo, do lado de fora perto da lanchonete.
  • Parque Municipal – Av. Afonso Pena, 1.377 – Centro – bebedouros espalhados pelo parque.
  • Praça da Liberdade – Savassi – bebedouro.
  • Praça da Estação – Centro – Divirta-se com a água! Há duas fontes que jorram do chão. É bem útil em dias quentes. Quando: no início e no fim da tarde.
  • Praça Rui Barbosa – Centro (frente á pça. Estação) – possui dois bebedouros (que às vezes não funcionam). A água é morna, normalmente. Pode ser útil em dias frios. 🙂
  • Shoppings – quase todos têm bebedouros perto dos banheiros. Alguns até acessiveis para cadeiras de roda 🙂
  • Junta Comercial De MG – Santos Dumont, nº 380, entre Rio de Janeiro e Espirito Santo.
  • Predio da Receita Federal – Av. Afonso Pena, nº 1316. Tem bebedouros em todos os andares.
  • Supermercado Extra – Tem agua e banheiro gratuito. Fica na região hospitalar, em frente ao viaduto.
    Praça Duque de Caxias – Santa Tereza – bebedouro do lado oposto ao coreto.
  • GECAM – Rua dos Arquitetos, 189 – Bairro Alipio de Melo

Bibliotecas Publicas

  • Palácio das ArtesAv Afonso Pena, 1537 – Centro – A Biblioteca fica na parte de baixo, descendo a escada, saindo do saguão. É só perguntar o segurança que eles informam melhor.
  • Biblioteca Pública Luiz de Bessa: é aquela que fica do lado da Praça da Liberdade. Tem que fazer carteirinha: 3R$ + identidade.
  • Biblioteca Infanto-Juvenil: na Rua Carangola, 288 – Tem uma Gibiteca com mais de 14 mil revistas em quadrinho. Acho q lá assinam revistas e jornais.
  • Biblioteca do Espaço Ystilingue: Sobreloja 35, Ed. Maletta. Centro.
  • GECAM – Rua dos Arquitetos, 189 – Bairro Alipio de Melo

Comida (lugares para recuperar):

  • Em frente aos Correios – Prédio Amarelo – Praça da Estação, Centro. Toda noite os sacolões daquele prédio deixam muito rango na frente dos correios. Na rua de trás também costuma ter rango. O caminhão do lixo tá passando cedo, tem que ficar espertx.
  • Feira Afonso Arinos – Praça Afonso Arinos, Centro. Horário bom: 18h30 às 20h00. Dia: Sexta-feira. O que você vai encontrar: frutas, pães e biscoitos com os feirantes, legumes no lixo. Onde olhar: pergunte aos/às feirantes se têm alguma coisa que vão jogar fora, pois são muito gentis e lhe dirão no mínimo que naquele momento não têm, pra você voltar um pouco mais tarde. Quando a feira acaba, costumam colocar legumes em sacos grandes e colocar no lixo que fica perto das lixeiras de coleta seletiva. (Os que achamos eram transparentes.)
  • Região Hospitalar – Alameda Ezequiel Dias, Centro. A região tem muitos pés de manga rosa. No período de produção dá pra fazer a festa só com o que cai no chão (ou na grama da igreja, onde elas costumam ficar inteiras). ESTÁ EM ÉPOCA DE MANGA! SE JOGA!
    Dicas: dar rolê de madruga por lá parece mais produtivo, porque os carros não atropelam as mangas e venta muito, elas caem mais.
  • Super Varejão ObaAv. Álvares Cabral, 886, Lourdes. Horário bom: +/- 20:00 o lixo é colocado pra fora, pouco antes de fechar. O lixo é recolhido por volta das 22h30. Dia: Todos os dias. Onde olhar: sacos plásticos pretos na esquina da rua São Paulo, normalmente encostados numa árvore. O que você vai encontrar: Todo dia rola muita coisa, muitos legumes e frutas perfeitos, produtos embalados com pequenas imperfeições como morangos, biscoitos, castanhas. Sempre tem umas surpresas interessantes! Dica: Mesmo se chegar tarde tem muita coisa boa.
  • Padaria Café da Manhã – R. Major Barbosa c/ rua Tenente Anastácio Moura – Santa Efigênia. Horário bom: depois das 22h00, todos os dias. O lixo não costuma ser recolhido antes de 23h00. Dia: Todos os dias. Onde olhar: em frente à loja tem uma lixeira de grade, os sacos ficam dentro (e fora também quando tem muito lixo). O que você vai encontrar: pães e biscoitos diversos acomodados em embalagens. Obs: estão trancando a lixeira de vez em quando, mas sobra sacos pra fora.

Eventos

  • Domingo Nove e Meia – Encontro Libertario: Todo primeiro domingo do mês. Já ouviu falar? Nesse site você fica sabendo melhor: www.rarbh.wikispaces.com
  • Duelo de MC´s: Evento de Hip-Hop com duelos de rimas (freestyle), graffiti, brake, mini-shows. Onde: debaixo do Viaduto Santa Tereza. Quando: Toda sexta-feira, a partir das 20h00.
  • Palácio das Artes – O Cine Humberto Mauro tem sempre uma programação gratuita de filmes, curtas, etc, que pode ser conferida nos guias disponíveis no local ou no site http://www.palaciodasartes.com.br . Além disso, ocorrem palestras, teatro, exposições de arte, festivais e todo tipo de coisa cult/tilelê. Onde: Av Afonso Pena, 1537 – Centro
  • Sabah do Par – Projeção na parede de filmes escolhidos livremente de acordo com o que estiver disponível no dia e cópia de material copyleft. Leve filmes, documentários, o curta que você fez, coisas pra beber, pipoca, seu computador, seu pendrive. Onde: Espaço Estilingue, Sobreloja 35, Ed. Malleta, Rua da Bahia c/ Augusto de Lima – Centro. Quando: Todo sábado par.
  • Sarau Urbano: Toda primeira segunda feira de cada mês, no coreto da praça da Liberdade, a partir das 19:30; Rola leitura ao ar livre, musica, troca de produção literaria independente. Leve seu violão, tambor, flauta, zine, poesias, rango, bebida… seu pai, sua mãe, sua titia…
  • Terças Poéticas: Homenagem a poetas, performances… Onde: Palácio das Artes – Av Afonso Pena, 1537 – Centro. Nos jardins internos. Quando: Toda terça feira, 18h30.

    GUIAS ONLINE

  • Guia Entrada Franca: Site com eventos gratuitos: http://www.guiaentradafranca.com.br/
  • Site ProgrameBH: http://www.pbh.gov.br/cultura/programe- bh/
    Tem cursos, oficinas, teatro, exposições, etc. A maioria de graça.

Internet (acesso):

  • Palácio das ArtesAv Afonso Pena, 1537 – Centro. Horário: enquanto estiver aberto. No andar debaixo tem dois computadores para pesquisa de programação, etc. Na tela onde pede pra colocar seu endereço, clique o mouse com o botão direito e selecione "About Adobe Flash…" que abrirá um site. Role a tela pra baixo até o fim e clique no pequeno logotipo do Google. Pronto: é só digitar o endereço que você quer no Google mesmo. Se você quiser voltar ou avançar as páginas (pois não tem os botões do navegador) segure ALT e aperte as setas pra esquerda e pra direita. Não abre o orkut e sites do tipo.
  • Centro Cultural da UFMG – Av. Santos Dumont, 174 – Centro. Horário: De segunda a Sexta-Feira de 10:00 às 21:00. Sábados e domingos de 10:00 às 18:00. Telecentro com vários computadores e Sala de Leitura. 1 hora de acesso por dia.
  • GECAM – Rua dos Arquitetos, n 189 – Bairro Alipio de Melo. Internet Gratuita na Biblioteca dos espaço. Tempo ilimitado de uso se nao tiver fila (o q nunca tem). 

Produtos grátis (reuso e doação)

  • Loja Grátis no Espaço de Convivência. Loja no último andar do Mercado Novo.
    Endereço: Av. Olegário Maciel c/ Rua Tupis, Centro – Belo Horizonte. Cada pessoa pode levar 2 itens por dia. Horário de funcionamento: veja no site.
  • Feira Grátis no Domingo Nove e Meia. Endereço: Debaixo do Viaduto Santa Tereza, Centro, Belo Horizonte. Horário: 9h30 ás 15h00.

Sanitários:

  • Botecos: Todos. Dica: Nunca pergunte se pode usar o banheiro, vá e use!
  • McDonald’s – Todos! E tem sabonete cheiroso.
  • Palácio das ArtesAv Afonso Pena, 1537 – Centro.
  • Predio da Receita Federal – Av. Afonso Pena, nº 1316. O banheiro é no segundo andar, Ala B. Na sala onde se espera apos pegar a senha.
  • Shopping Pátio Savassi – O melhor banheiro da região centro-sul, e grátis! Logo no primeiro andar, depois da praça de alimentação. Onde: Av Contorno, 6061, Savassi
  • Shopping CidadeR. Rio de Janeiro, 910 – Centro. Dica: gratuito apenas aos domingos.
  • Supermercado Extra – Fica na região hospitalar, em frente ao viaduto. Banheiro gratis, de qualidade e bebedouros tambem.
  • Xodó – Pertinho da Praça de Liberdade, esquina da João Pinheiro com a Praça da Liberdade. Banheiro não muito bom. Vai entrando sem pedir pra ninguém.
  • EPA Plus! – Av. Abilio Machado com Av. Atlantida, Bairro Alipio de Melo. Banheiro limpinho durante todo o seu horario de funcionamento.
  • GECAM – Rua dos Arquitetos, 189 – Bairro Alipio de Melo  

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